Polícia Científica de PE adquire equipamento que identifica vestígios invisíveis de crimes

Com a proposta de auxiliar na resolução de delitos com mais agilidade e precisão, a Polícia Científica de Pernambuco adquiriu, neste mês, dois tablets forenses multiespectral. O equipamento de tecnologia turca permite que vestígios que não podem ser vistos a olho nu sejam rapidamente encontrados em locais de crime e em laboratório.  Os aparelhos são reflexo de um investimento de R$580 mil realizado por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública. O diretor do Laboratório de Genética Forense de Pernambuco, Jeyzon Valeriano explica como a chegada do equipamento vai auxiliar no trabalho da polícia.

Na prática, o tablet vai permitir visualizar o local em que manchas de sangue, sêmen, urina, saliva e outros vestígios que não estejam visíveis a olho nu no local periciado. Com isso, será possível produzir provas materiais mais conclusivas para que a Polícia Civil possa apontar os autores de crimes com mais rapidez e segurança. Para a advogada especialista em Processo Penal, Victória Galvão, a inserção do equipamento é positiva, mas necessita de capacitação para seu uso.

Com o equipamento tecnológico será possível também fotografar e gravar em vídeo as evidências encontradas no ambiente do crime ou em laboratório de perícia criminal. Para isso, o tablet é equipado com um conjunto de lentes que emitem luzes de diferentes espectros, que são capazes de revelar inúmeros vestígios biológicos, até mesmo em superfícies escuras. 

Com a chegada dos tablets forenses multiespectral, as equipes do Instituto de Criminalística e do Laboratório de Genética Forense do Estado estão passando por treinamento para poder utilizar os aparelhos. Ao todo, 40 profissionais de segurança participam da capacitação de uso do equipamento.

Ouça a notícia com o repórter Guilherme Camilo, clicando no 'play' acima.