Pobreza e extrema pobreza em Pernambuco batem recorde em 2021, segundo IBGE

Entre 2020 e 2021 o número de pessoas vivendo em situação de miséria teve um salto de quase 50% no país. No mesmo período, três entre cada dez brasileiros passaram a viver abaixo da linha da pobreza. A pandemia da covid-19 fez disparar a pobreza no Brasil. Com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2021, o número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza aumentou 22,7% na comparação com 2020. Já o número de pessoas em situação de extrema pobreza saltou 48,2% no mesmo período.

Os dois aumentos foram recordes, segundo o IBGE. Desde 2012, o país nunca havia registrado um avanço tão grande da pobreza e, sobretudo, da extrema pobreza. Em números absolutos, 11,6 milhões de brasileiros passaram a viver abaixo da linha da pobreza. Outros 5,8 milhões passaram a viver em condições de extrema pobreza. O doutor em educação, cientista político e social, Thiago Modenesi, destaca a má distribuição de renda no território brasileiro.

A desigualdade na distribuição de renda é medida pelo índice de Gini, dado que também faz parte da Síntese de Indicadores Sociais. Quanto mais perto de 1, maior é a concentração de renda. Em 2021, Pernambuco voltou a ter a terceira maior concentração de renda do Brasil, de 0,579, O Recife, por sua vez, foi a segunda capital mais desigual do país em 2021, com índice de Gini de 0,606, atrás apenas de Aracaju.

Pelos critérios do Banco Mundial, são consideradas extremamente pobres as famílias que dispõem de menos de um dólar e noventa centavos por dia para viver, valor que correspondia, em 2021, a uma renda per capita mensal de R$ 168.

Ouça a matéria da repórter Ana Júlia Duarte clicando no play acima.