Pernambuco soma mais 1.704 novos casos da Covid-19, nesta quinta (03)

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) trouxe no boletim epidemiológico da Covid-19 em Pernambuco, desta quinta (03) uma qualificação dos dados. O órgão removeu do banco do Estado 229 casos graves da doença e 65 óbitos pelo novo coronavírus, já que, apesar de inicialmente atendidos e notificados por serviços localizados em território pernambucano, eram pessoas residentes em outros estados e países.

"Isto demonstra que o Sistema Único de Saúde (SUS) em Pernambuco, por conta do grande avanço que teve em sua rede assistencial, em especial no interior do Estado, próximo às fronteiras, foi solidário com o atendimento a moradores de estados vizinhos. Com esta medida, estamos seguindo as orientações técnicas para que os casos sejam registrados por local de residência, evitando, assim, a duplicidade de registros", explicou o secretário de saúde de Pernambuco, André Longo, durante coletiva de imprensa transmitida na tarde desta quinta.

Hoje, Pernambuco registrou 1.704 novos casos da Covid-19. Destes, apenas 40 (2%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os outros 1.664 (98%) são leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar. Agora, com os registros desta quinta (03) e a qualificação no banco de dados, Pernambuco totaliza 130.199 casos confirmados, sendo 25.420 graves e 104.779 leves.

Com a qualificação nos dados, o número de curados também teve a totalidade alterada: dos 229 confirmados que foram excluídos do banco, 31 estavam recuperados. Com isso, o boletim registra um total de 113.496 pacientes recuperados da doença. Destes, 14.962 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 98.534 eram casos leves.

Os casos graves confirmados da doença estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Além da remoção de casos de outros estados e países, o boletim epidemiológico da Covid-19 também voltará a detalhar os casos leves por municípios. "Após o trabalho de qualificação dos dados para descentralização do banco de informações para as cidades, voltaremos a divulgar o detalhamento dos casos por município. Agora, serão listados por gravidade, seja ou leve ou grave, por região de saúde e por município", pontuou o secretário André Longo durante a coletiva de imprensa.

Também foram confirmados laboratorialmente 28 óbitos (sendo 17 do sexo feminino e 11 do sexo masculino). Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos municípios de Araçoiaba (2), Bom Jardim (2), Capoeiras (1), Garanhuns (1), Jaboatão dos Guararapes (3), Jataúba (1), Paulista (12), Pesqueira (2), Recife (3) e Salgueiro (1). Com os novos registros de morte e a remoção das ocorrências de outros estados e países, Pernambuco totaliza, agora, 7.619 mortes pela doença.

As mortes registradas no boletim de hoje ocorreram entre 25 de maio e 2 de setembro. Do total de mortes do informe de hoje, apenas 3 (10,7%) ocorreram nos últimos três dias, sendo todos os 3 óbitos registrados no dia de ontem (quarta-feira, 02/09). As outras 25 mortes (89,3%) ocorreram entre os dias 25/05 e 30/08.

Os pacientes tinham idades entre 45 e 105 anos. As faixas etárias são: 40 a 49 (1) 50 a 59 (3), 60 a 69 (5), 70 a 79 (9), 80 anos ou mais (10).

Dos 28 pacientes que vieram a óbito, 25 apresentavam comorbidades confirmadas: doença cardiovascular (17), diabetes (12), hipertensão (10), obesidade (5), tabagismo/histórico de tabagismo (4), doença respiratória (2), doença pulmonar (2), doença neurológica (1), esclerose múltipla (1), histórico de AVC (1), doença de Alzheimer (1) - um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Os demais estão em investigação.

Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 20.964 casos foram confirmados e 33.448 descartados. O Boletim de hoje também traz, em sua parte final, o detalhamento das testagens destes profissionais. Até o boletim de ontem (02.09), do total de profissionais de saúde que contraíram a doença (20.889), 97,9% já estão curados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada.