Novas vítimas de Padre Airton afirmam que religioso ria durante a prática dos crimes sexuais

Acusado de estar envolvido em crimes sexuais, Padre Airton Freire, de 67 anos, que é criador da Fundação Terra, uma das maiores ONGs do Agreste de Pernambuco, segue internado após ser transferido para um hospital particular no Recife. O religioso foi preso preventivamente no dia 14 de julho após a primeira vítima vir a público denunciar a violência cometida pelo padre e por um dos seus funcionários, o motorista Jailson Leonardo da Silva, que está foragido.

Padre Airton foi transferido da cela onde estava detido em um presídio na cidade de Arcoverde, no sertão do estado, para um hospital na capital pernambucana, sob escolta policial, após uma crise de hipertensão arterial. As informações atualizadas sobre o estado de saúde do religioso não foram divulgadas pela unidade de saúde.

A primeira denúncia foi feita por Sílvia Tavares, que contou que foi convidada para fazer uma massagem no padre em uma casa de taipa nos fundos da Fundação Terra, onde ele morava, quando percebeu que ele estava nu, e quis sair do local. A mulher foi ameaçada com uma faca pelo motorista do padre. Segundo Sílvia, o religioso começou a se masturbar e disse ao funcionário para cometer o estupro. Além de Jailson, outro membro da fundação que também estaria envolvido nos crimes, está foragido. 

Em entrevista exclusiva ao Fantástico na Rede Globo, outras duas vítimas também denunciaram padre Airton. Entre elas um homem, que trabalhava na fundação.

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), há cinco inquéritos policiais abertos contra o padre Airton Freire. Por nota, a defesa do Padre afirmou que a prisão "surpreendeu" a todos e tenta conseguir na Justiça um habeas corpus para o religioso. Já a defesa do motorista disse que ele sempre se portou de forma honesta e que o cliente vai se manifestar em "momento oportuno" perante as autoridades policiais. Desde a primeira denúncia, o Padre Airton está suspenso de suas atividades religiosas. 

Ouça a matéria da repórter Ana Júlia Duarte clicando no play acima.