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No País, uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas

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Por: REDAÇÃO Portal

Foram registrados 2.423 casos de violência contra a mulher em 2022, com 495 feminicídios

08/03/2023
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Foram registrados 2.423 casos de violência contra a mulher em 2022, com 495 feminicídios

Foto: Reprodução/G1

Um dia emblemático para as mulheres, porém com muitos percalços. Dados divulgados pela Rede de Observatórios da Segurança mostram a realidade da população feminina no Brasil: Foram registrados 2.423 casos de violência contra a mulher em 2022, com 495 feminicídios.

Esse levantamento faz parte do boletim Elas vivem: dados que não se calam, pesquisa produzida a partir do  monitoramento diário do que circula nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre violência e segurança. A pesquisa, que já está em sua terceira edição, coletou dados de sete estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Piauí, os dois últimos monitorados pela primeira vez.

E o registro preocupa: São Paulo e Rio de Janeiro têm os números mais preocupantes, concentrando quase 60% do total de casos. Para se ter uma ideia, uma mulher é vítima de violência em São Paulo a cada dez horas, e no Rio de Janeiro, a cada 17 horas. Além disso, os casos de violência sexual praticamente dobraram, passando de 39 para 75 no Rio de Janeiro.

Quem também registrou aumento nos casos de violência foi a Bahia, com 58%, sendo o maior em número de feminicídios de todo o Nordeste, com 91 ocorrências. O Maranhão é o segundo da região em casos de agressões e tentativas de feminicídio. Já Pernambuco lidera em violência contra a mulher e o Ceará deixou de liderar nos números de transfeminicídio, mas teve alta nos casos de violência sexual. O Piauí registrou 48 casos de feminicídio.

O monitoramento também identificou um padrão nesses casos, que tem como autoria  companheiros e ex-companheiros das vítimas. São eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio, tendo como principais motivações brigas e términos de relacionamento.

O objetivo do boletim é servir como base para o Governo criar políticas públicas para evitar a violência de gênero.

Ouça a nota da repórter Lara Sá clicando no play acima.
 

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