Natural de Caruaru, o músico faleceu por causas naturais, segundo familiares
Foto: Reprodução/Internet
Morreu, na manhã desta terça-feira (4), o maestro, compositor e regente pernambucano Clóvis Pereira, aos 92 anos. Natural de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, o músico faleceu por causas naturais, segundo familiares.
Clóvis foi autor de frevos, caboclinhos e maracatus, além de obras para coro e orquestra. A paixão e o dom pela música foram heranças herdadas do pai, o clarinetista Luiz Gonzaga Pereira dos Santos, da Banda Musical Nova Euterpe.
Buscando se especializar na música, Clóvis estudou piano no Conservatório Pernambucano de Música e complementou a formação musical estudando harmonia, composição e orquestração com o maestro Guerra Peixe na Escola de Belas Artes de Pernambuco.
Clóvis ingressou na Orquestra Sinfônica do Recife e foi professor de Teoria Musical e Harmonia nas Universidades Federais do Rio Grande do Norte e da Paraíba.
Na década de 1970, participou ativamente da criação do Movimento Armorial, tendo sido convidado por Ariano Suassuna a compor as primeiras obras do movimento em Pernambuco.
Em 2000, sob sua regência, a Orquestra Sinfônica do Recife executou seu poema sinfônico Terra Brasilis, composto em homenagem aos 500 anos do descobrimento do Brasil.
Por nota, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, lamentou a morte de Clóvis Pereira, "uma das mais importantes presenças no extenso dicionário da genuína música, pernambucana e brasileira, que se fez universal. Músico gabaritado, eternizado como sinônimo de frevo neste mesmo dicionário, Clóvis deixa uma extensa e destacada obra, sempre e para sempre celebrada em todo o mundo. Filho e pai de músicos, Clóvis, que foi homenageado pela Orquestra Sinfônica do Recife, em dois concertos recentes, nos dias 8 e 9 de maio, tendo uma peça sua executada com solo de Clóvis Pereira Filho, violinista e spalla da Orquestra, viveu entre muitos acordes. E seguirá imortal nos mais harmônicos e pernambucanos palcos e sonoridades".
“A obra que se faz eterna se construiu em uma vida musical, de mergulho profundo em todos os acordes, uma inspiração e uma referência, que merece todas as reverências”, afirmou o secretário de Cultura, Ricardo Mello.
“Clóvis foi um músico completo, com domínio de todos os estilos e linguagens musicais, do popular ao sinfônico, produzindo música para os palcos e para as ruas, para cada recifense, para o mundo todo e para sempre”, acrescentou o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Marcelo Canuto.
O corpo de Clóvis Pereira será velado na manhã desta quarta-feira (5), na Capela do Cemitério de Santo Amaro, onde será enterrado à tarde.
Com informações de Daniele Monteiro, ouça a nota do repórter Lucas Arruda no 'Play' acima
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