Justiça condena mulher a 10 anos e 6 meses de prisão por crime de racismo em Caruaru
Ela insultava vizinhos com expressões como “bando de macacos” e “família de macacos”
Foto: Reprodução/TV Asa Branca
A mulher acusada pelo crime de racismo, em Caruaru, no Agreste pernambucano, teve a prisão determinada pela Justiça. Ilária Lindalva da Silva foi sentenciada a dez anos e seis meses de reclusão e um mês de detenção por agredir com ofensas discriminatórias uma família no município. As vítimas afirmam que eram atacadas com termos como “bando de macacos” e “família de macacos” há dois anos, sendo uma delas, uma criança de 7 anos, que, com medo, deixou de sair de casa para brincar na vizinhança.
Além dos insultos, a mulher ainda atirava fezes de cachorro, bananas e pedras contra a residência da família e disse que incendiaria o veículo dos vizinhos.
“A atuação da Promotoria de Justiça e a resposta do Judiciário nessa situação de racismo ocorrida em Caruaru deixam clara a mensagem para a população de que não se tolera esse crime. Dá uma sensação de segurança e Justiça”, comentou a Coordenadora do GT Racismo do MPPE, Procuradora de Justiça Ivana Botelho.
O g1 Caruaru e região entrou em contato com a defesa de Ilária Lindalva da Silva, que informou que a equipe jurídica está comprometida com a justiça e a igualdade e disse ainda que a sentença aplicada a mulher foi desproporcional em relação aos fatos.
"Acreditamos que o sistema judiciário deve buscar um equilíbrio entre a punição e a reabilitação, considerando as circunstâncias individuais de cada caso. A representada está avaliando todas as opções legais disponíveis, incluindo a possibilidade de recurso", declarou o advogado Geraldo Júnior.
Vale lembrar que injúria racial é crime inafiançável e imprescritível, com prisão de 2 a 5 anos, além de multa.
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