Intolerância política registra casos de violência no país

As eleições evidenciam a divisão de um país, estado ou município. São dois lados, duas linhas de pensamento na disputa pelo poder. Desde 2018, o país se divide entre o lado verde-amarelo, e o outro, o vermelho. Não existe espaço para ficar em cima do muro. Com essa separação, pode vir também a falta do diálogo civilizado. A opinião do outro deixa de ser respeitada, por simplesmente acreditar na figura A ou B, o que acaba gerando casos de intolerância política. Na contagem regressiva para as eleições de outubro, o número de casos de intolerância política se multiplicaram. De acordo com levantamento do Observatório de Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, somente no primeiro semestre deste ano, o país registrou 214 casos de violência política. No Recife, um prédio foi alvejado por tiros. No local, havia uma bandeira do Partido dos Trabalhadores pendurada. A motivação pode ter sido intolerância política, no entanto, a Polícia Civil, que investiga o caso, alega ser prematuro, apontar motivação.

É comum se deparar com bandeiras nas fachadas de residências, apartamentos e prédios. É legítimo dentro de um estado democrático as pessoas expressarem o seu pensamento e preferências políticas. No entanto, a partir do momento que alguém passa a viver em uma propriedade comum, ou fazer parte de um condomínio, ela precisa respeitar regras.

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