Homem é preso no Recife por estuprar filha e enteada; abusos aconteciam dentro de casa
Segundo a delegada Maria Eduarda Pessoa de Melo, responsável pela investigação, o homem ameaçava a vítima constantemente para que não denunciasse os abusos.
Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil de Pernambuco prendeu um homem de 35 anos, no Recife, acusado de estuprar a sua enteada, de 14 anos. Os crimes eram praticados no ambiente doméstico há pelo menos dois anos, tendo sido iniciados quando a menina ainda tinha 11 anos.
O agressor era companheiro da mãe da adolescente, com quem também tinha um filho. Inclusive, os abusos ocorriam enquanto a mãe e o irmão da vítima dormiam. O criminoso já responde por outro caso de estupro, dessa vez contra a filha biológica, que à época tinha 13 anos.
Segundo a delegada Maria Eduarda Pessoa de Melo, responsável pela investigação, o homem ameaçava a vítima constantemente para que não denunciasse os abusos. E após o registro do Boletim de Ocorrência, já foragido, o criminoso também passou a ameaçar a mãe da adolescente para que não procurasse mais a polícia.
“Ele chegou a praticar, inicialmente, atos libidinosos, e aos 12 anos, evoluiu para a prática da conjunção carnal, quando a menina teve a sua primeira relação sexual, infelizmente de forma violenta. Inclusive essa mãe relata que chega a perceber em algum momento, quando a menina entra na adolescência, uma mudança de comportamento dele em relação a ela (a vítima), como uma manifestação de ciúmes. Mas não chegou a valorizar essa mudança como se tivesse alguma conotação libidinosa”, afirma.
Com o mandado de prisão preventiva expedido, o inquérito sobre a enteada do criminoso já foi encerrado, mas as investigações sobre os abusos sofridos pela filha biológica seguem por meio da Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DECCA/DPCA).
Denúncia
O gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente, Darlson Macedo, reforça que pais e responsáveis podem reconhecer diferenças no comportamento de crianças e adolescentes vítimas de abuso.
“Toda criança apresenta uma mudança no seu comportamento padrão, quando ela está sendo abusada. Elas reagem de formas diferentes, mas apresenta mudanças. Umas ficam mais arredias, outras ficam com a sexualidade mais aflorada. Outras repercutem em brinquedos o que estão fazendo com ela. Outros só querem dormir e ficam com pânico. Então, aquele pai observador vai verificar que há algo errado, e é importante esse apelo se estenda a professores, parentes próximos, vizinhos. Porque muitas vezes esse abuso, num percentual alto, ocorre em ambiente doméstico”, alertou.
Para denunciar casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, entre em contato com o DPCA por meio do telefone (81) 3184-3579. Também é possível registar a denúncia na delegacia mais próxima ou para o Conselho Tutelar do município.
Ouça a matéria do repórter Lucas Arruda no 'Play' acima.
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