A pesquisa mapeou a dimensão do desastre socioambiental e econômico

Quem passa pelas praias nordestinas e vê aquele mar azul e a areia branca nem imagina que há um ano tudo estava bem diferente. Em 2019, as praias foram destaque na imprensa nacional e até internacional não por suas belezas, mas pelo derramamento de óleo que invadiu o litoral do Nordeste e parte do sudeste. As manchas de tamanhos variados contaminaram os ambientes costeiros, especialmente os manguezais, estuários de rios e lagoas. Os culpados ainda não foram descobertos, mas as seqüelas podem ser sentidas até os dias atuais.
Em Pernambuco, um dos estados mais atingidos, uma pesquisa divulgada pela Fundação Joaquim Nabuco mapeou a dimensão do desastre socioambiental e econômico. O levantamento assinado por três pesquisadores revela os prejuízos para o turismo, ambulantes e donos de bares e restaurantes.
Com ajuda de satélites, foram mapeadas 201 praias do litoral nordestino. Os cientistas verificaram áreas de formação rochosa, corais submersos, objetos na água, vegetação, faixa de areia e áreas urbanizadas.
Os principais resultados apontam 390 hectares de praias contaminadas em Alagoas, inclusive em extensas áreas de manguezais na foz do rio São Francisco. Em Pernambuco, foram 260 hectares de corais e 692 hectares de mangues e vegetação nativa que podem ter sido afetados pela contaminação em 11 municípios.
A segunda etapa da pesquisa focou na área econômica. Os que mais sentiram o impacto foram os que sobrevivem da pesca artesanal, principal atividade de muitas famílias costeiras. 67,5% dos pescadores entrevistados disseram que a renda caiu por conta do petróleo nas praias.
A renda dos ambulantes da praia também foi afetada. Quase 65% dos ouvidos disseram ter tido sérios prejuízos. Com relação aos bares e restaurantes foi identificada uma perda de faturamento médio de 29,9%. Já a rede de hospedagem, 21,6% dos 29 estabelecimentos entrevistados precisaram realizar alguma ação de marketing para superar o desastre. A pesquisa completa pode ser visualizada no site da Fundaj- fundaj.gov.br.
Confira mais informações na reportagem de Samuel Santos, disponível no play acima.
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