Estudo aponta que população negra ainda sofre desigualdades no mercado de trabalho

De acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), baseado nos dados do 2º trimestre de 2023, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado de trabalho ainda se apresenta como um espaço de reprodução da desigualdade racial, levando em consideração não apenas a inserção, mas a possibilidade de ascensão, que são desiguais para a população negra.

A taxa de desocupação dos negros aponta os 9,5%, sendo 3,2 pontos percentuais acima da taxa dos não negros. As mulheres negras também acumulam as desigualdades de raça e de gênero, a taxa estava em 11,7, onde o Dieese aponta que a inserção delas no mercado de trabalho é mais difícil, mesmo no contexto atual de melhora da atividade econômica. De acordo com o cientista social, Isaac Luna isso se dá por conta do racismo e também do machismo enraizado na sociedade.

A entidade destacou que, para uma melhor base de comparação, no segundo trimestre de 2021, durante crise envolvendo a pandemia da covid-19, a taxa de desocupação dos trabalhadores não negros atingiu este mesmo percentual, de 11,7%.

O cientista social, Isaac Luna destaca as alternativas para diminuir essa desvantagem da população negra.

Com essa análise da entidade revela que a taxa de desocupação dos negros é continua e maior do que o dos demais trabalhadores. Representando 56,1% da população em idade de trabalhar, os negros correspondem a mais da metade dos desocupados 65,1%.

Confira as informações com o repórter Guilherme Camilo, clicando no 'play' acima.