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Estudante da UFRPE é constrangida por dividir jantar com filha de 11 anos; universidade se pronuncia sobre caso

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Por: REDAÇÃO Portal

Em nota, a universidade diz que, além de se retratar publicamente, que repudia o fato ocorrido, e que “expressa o compromisso com a promoção de políticas institucionais de assistência estudantil”

14/09/2022
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Em nota, a universidade diz que, além de se retratar publicamente, que repudia o fato ocorrido, e que “expressa o compromisso com a promoção de políticas institucionais de assistência estudantil”

Foto: Divulgação/UFRPE

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) se pronunciou, nesta terça-feira (13), quanto ao caso da bacharelanda em Agroecologia Nzinga Cavalcante, que foi constrangida no Restaurante Universitário da instituição ao tentar dividir o jantar com a filha de 11 anos. O fato aconteceu na última sexta (09).

Segundo Nzinga, que é mãe solo, após a compra do ticket, ela ou os amigos, colocavam uma quantidade a mais de comida no prato para dividirem com a criança que levava uma uma pequena vasilha na bolsa. No entanto, na última semana, a menina foi impedida, por servidores, de entrar no restaurante.

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, é possível ver a criança chorando, enquanto a mãe detalha a situação. Em nota de repúdio publicada pelo Sítio Ágatha, espaço afroecológico do qual a mãe faz parte, é afirmado que a menina, de apenas 11 anos, precisa acompanhar Nzinga em toda rotina acadêmica, incluindo a alimentação. No Brasil, a pessoa que deixa menores de 12 anos sozinhos comete o crime de abandono de incapaz. 

Ainda em nota, o Sítio Ágatha aponta que foi negada a possibilidade da criança de se alimentar e que questionou publicamente se a “porção de comida tirada de um prato já pago abalaria a estrutura financeira” do restaurante universitário, uma vez que, “uma quantidade muito maior do que a que foi negada à menina termina dentro das caçambas de lixo”. 

Em resposta publicada, a UFRPE afirma que “se compromete publicamente com a dignidade humana das pessoas que fazem parte da sua comunidade acadêmica e com a dignidade humana das pessoas e coletivos para além dos seus muros”. 

Ainda através de nota, a universidade diz que além de se retratar publicamente, que repudia o fato ocorrido, e que “expressa o compromisso com a promoção de políticas institucionais de assistência estudantil, que garantam o acesso, a permanência e a qualidade da formação, principalmente com os estudantes que enfrentam diferentes vulnerabilidades econômicas e sociais”.

Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.

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