Entenda como MEC e Andifes analisam novo contingenciamento de verbas feito pelo Governo
Segundo o MEC, os institutos não serão afetados; Andifes aponta a retenção como um bloqueio de verbas que coloca em risco o funcionamento de todo o sistema das universidades

Foto: Reprodução/Agência Brasil/Marcelo Camargo
Após anúncio do Governo Federal informando à 113 universidades e institutos federais de todo o Brasil, a retenção de R$ 2,4 bilhões de despesas discricionárias dessas unidades de ensino, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) se reuniu, na manhã desta quinta-feira (06), para discutir as medidas que seriam tomadas devido a retenção, que eles denunciam como, na verdade, um bloqueio de verbas que coloca em risco o funcionamento de todo o sistema das universidades.
Durante a quinta, os reitores das universidades, estudantes e representantes da classe estudantil utilizaram as redes sociais para se manifestarem contra a decisão do Governo Federal, já que o novo contingenciamento é referente ao dinheiro que seria aplicado nas despesas com contratos de prestação de serviços, limpeza, água, luz, segurança, funcionamento dos restaurantes universitários e concessão de bolsas e benefícios aos estudantes, entre outros serviços.
No entanto, no final da tarde do dia 6, o atual Ministro da Educação, Victor Godoy, descredibilizou as manifestações, chamando-as de informações falsas e alegando que a atitude representa a responsabilidade fiscal do governo. Segundo ele, não há possibilidade de descontinuidades das atividades devido a retenção.
Godoy encerrou o pronunciamento afirmando que o Ministério da Educação (MEC) lamenta o uso político das informações num período tão importante para o país. De acordo com o Ministro, a atitude é uma “tentativa de desgastar a imagem do governo” que é “sério e comprometido com os recursos dos impostos dos cidadãos brasileiros”.
Em resposta, o Reitor da Universidade Federal do Paraná e Presidente da Andifes, Ricardo Marcelo Fonseca, também se pronunciou. Ricardo afirma que essa não é uma questão de semântica; que, de fato, “os recursos foram retirados da possibilidade das universidades gastarem” e que o mesmo decreto que permite o retorno do dinheiro pode ser alterado pelo Chefe do Executivo [Jair Bolsonaro] a qualquer momento.
O Presidente descreveu, ainda, a dificuldade que universidades terão de utilizarem o montante, caso ele seja estornado em dezembro, uma vez que o decreto de execução orçamentária deste ano permite a execução dos valores até 9 de dezembro.
O reitor finalizou a resposta afirmando que se pode até discutir se é contingenciamento, se é corte, se é incisão, mas, “na prática, o que aconteceu é que as universidades tiveram o seu dinheiro retirado”.
Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 26/03/2025
Passaporte Digital qualifica jovens em tecnologia em Lagoa de Itaenga
Projeto da Associação Conexão Social capacita 60 alunos de escolas...
- Por REDAÇÃO
- 26/03/2025
Sebrae PE realiza mutirão de capacitações e serviços nesta sexta-feira
Primeira edição do Sebrae Transforma Mais será realizada na sede da...
- Por REDAÇÃO
- 25/03/2025
Recife abre 120 vagas para 2ª edição do Curso Educação, Saúde e Cidadania na Velhice
Pessoas idosas interessadas podem se inscrever até esta quarta-feira (26)
- Por REDAÇÃO
- 21/03/2025
UFPE lança curso de Inteligência Artificial com 50 vagas e início neste semestre
Graduação será oferecida no Centro de Informática e usará notas do Enem...
- Por REDAÇÃO
- 21/03/2025
Recife lança projeto de educação ambiental em escolas municipais da Zona Oeste
A iniciativa é voltada para o enfrentamento das mudanças climáticas e a...
- Por REDAÇÃO
- 21/03/2025
Governo Federal e Prefeitura do Recife firmam repasse de R$ 900,4 mi para educação
O acordo encerra demanda judicial relativa ao antigo Fundef