Endividamento das famílias no Recife cresce 4,1% e pressiona orçamentos
No entanto, a queda da inadimplência em 18% ao longo de um ano promove certa estabilidade
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
O endividamento das famílias no Recife atingiu 82% em outubro de 2024, representando um crescimento de 4,1% desde junho. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) - com análise local da Fecomércio em Pernambuco.
A pesquisa aponta que o total de famílias endividadas chegou a 432.115, que terão o orçamento doméstico pressionado no fim do ano. A alta é intensificada pelo aumento dos juros e o elevado nível de informalidade no mercado de trabalho.
Fonte: Fecomércio-PE
O cartão de crédito representa 94,3% das dívidas das família, seguido por carnês de lojas e financiamentos. O cenário indica uma dependência de linhas de crédito, que, com juros elevados, tornam-se menos acessíveis e mais onerosas para o consumidor.
De acordo com o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, apesar dos desafios apresentados pela realidade de endividamento, há uma tendência de estabilidade conduzida pela queda da inadimplência.
“A inadimplência recuou 18% ao longo do último ano, o que é um sinal positivo para o comércio. As famílias estão conseguindo, mesmo com as adversidades, ajustar suas finanças e buscar maior controle sobre suas dívidas. A queda na inadimplência é importante para o acesso ao crédito e para incentivar o consumo, especialmente em um momento em que o comércio se prepara para as demandas de fim de ano”, afirmou.
Fonte: Fecomércio-PE
O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, também comentou os dados, destacando os impactos para o Recife.
“A redução de 18% na inadimplência ao longo do último ano, somada à estabilidade no nível de endividamento, mostra uma mudança positiva na gestão financeira das famílias em Recife. Ainda assim, a preferência pelo cartão de crédito, que representa a maior parcela das dívidas, indica uma dependência que exige atenção, especialmente considerando o comprometimento médio de 30% da renda familiar com essas obrigações”, destacou.
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 12/11/2024
Em Pernambuco, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,5% em setembro
No acumulado do ano, o estado mantém um crescimento de 5,1%
- Por REDAÇÃO
- 09/11/2024
Inflação no Nordeste segue inferior à do Brasil em outubro
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA no Nordeste está em 4,26%, frente...
- Por REDAÇÃO
- 09/11/2024
Endividamento das famílias no Recife cresce 4,1% e pressiona orçamentos
No entanto, a queda da inadimplência em 18% ao longo de um ano promove certa...
- Por REDAÇÃO
- 09/11/2024
Recife antecipa o 13° salário e injeta quase R$ 1 bilhão com últimas folhas do ano
Com a medida, serão beneficiados cerca de 45 mil servidores
- Por REDAÇÃO
- 08/11/2024
Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,53 bilhões de valores a receber, diz Banco Central
Até setembro, sistema devolveu R$ 8,35 bi esquecidos; saiba como conferir
- Por REDAÇÃO
- 08/11/2024
CIEE: 10% de estagiários são únicos responsáveis por sustentar família
Pesquisa revela que 16% compõem orçamento com Bolsa Família