Em Pernambuco, taxa de alfabetização da população quilombola de 15 anos ou mais é de 74,07%

A população quilombola do Brasil atingiu uma taxa de analfabetismo 2,7 vezes maior que a média nacional. O país encontra-se com 7% da população analfabeta, enquanto as pessoas quilombolas estão com 18,9% – o que significa 192,7 mil pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever. O levantamento foi feito pelo Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Pernambuco, os quilombolas de 15 anos ou mais de idade são 59.623 pessoas, 74,07% delas são alfabetizadas e 15.461 (ou 25,93%) não alfabetizadas.

Esse foi o primeiro Censo que coletou informações específicas da população quilombola – descendentes de comunidades que resistiram à escravização. A taxa de analfabetismo funciona como um indicador de resultado dos investimentos na educação básica e de jovens e adultos (EJA) nas últimas décadas.

A análise dos dados revela que, assim como acontece com o conjunto da população brasileira, entre os quilombolas o analfabetismo é crescente a partir da faixa etária de 18 e 19 anos. Entre esse grupo de idade, o índice é de 2,91%. Para o estrato de 50 a 54 anos, a taxa chega a 28,04%, enquanto entre os com 65 anos ou mais alcança 53,93%.

Com apuração da repórter Taynã Olimpia.