Em busca de um positivo: histórias de mães que já foram tentantes
Relógio biológico e saúde são algumas questões que atravessam a vida das tentantes
Foto: Reprodução/ O Globo
Para algumas mulheres, o caminho para realizar o sonho de ter um filho é atravessado por inúmeros “nãos”. Em meio a diversas tentativas de engravidar, lidar com a frustração se torna um desafio. Ainda assim, a resiliência também parece ser um adjetivo comum às chamadas “tentantes”.
A bióloga Fátima Zacarias, atualmente com 52 anos, foi uma tentante por 9 anos. Ela conta que optou por priorizar a sua carreira profissional e alcançar uma estabilidade financeira para que, então, viesse a ter um filho, embora o desejo de ser mãe sempre existisse em seu coração.
Viver a maternidade também era o sonho da jornalista Sílvia Leitão, que atualmente tem 45 anos. Ao conhecer o seu marido em 2014, Sílvia conta que estava preocupada com o seu relógio biológico e, desde o início do relacionamento, deixou claro o seu desejo de engravidar. Anos depois, o casal iniciou as tentativas e, mesmo com as dificuldades para alcançar um resultado positivo, nenhum problema de fertilidade foi identificado.
Já Fátima relata que casou aos 35 anos e, após os primeiros anos de casamento sem conseguir engravidar, procurou ajuda médica para localizar algum possível problema e foi quando descobriu um cisto no ovário, sendo necessário retirar um pedaço do órgão.
Após isso, veio a decisão de realizar uma Fertilização In Vitro (FIV), que é um procedimento de reprodução humana assistida, como explica a médica especialista Altina Castelo Branco:
“Primeiro, nesta técnica, acontece a hiperestimulação ovariana, que consiste em dar hormônios para que, ao invés de crescer um único folículo dominante na mulher, cresça vários. Quando esse folículo está grande, acontece a punção folicular, ou seja, a coleta de óvulos para que possamos juntar com o espermatozóide e formar vários embriões. Na sequência, o melhor embrião é transferido para o útero da mulher”.
No entanto, as histórias de Fátima e Sílvia ainda encontram um ponto comum de dor: a perda de uma gestação.
Após passar por duas fertilizações que não tiveram sucesso, Fátima consegue engravidar pela primeira vez através da FIV aos 40 anos. Infelizmente, ela sofreu um aborto espontâneo com 2 meses de gravidez. Neste momento, a bióloga relata que pensou em desistir: “Além da questão psicológica e da minha idade, o tratamento é muito caro, então foi muito frustrante”, detalhou Fátima.
Já Sílvia, alcançou o resultado positivo naturalmente, mas descobriu que o processo seria interrompido.
“Eu fui realizar uma ultrassom de rotina e o médico me alertou que os batimentos cardíacos do bebê estavam muito fraquinhos. Ele me disse que era muito improvável que a gestação fosse para frente. Nesse momento, o meu mundo caiu. Foi um parto às avessas”, lembrou a jornalista.
Mas após as frustrações, as duas mulheres finalmente conquistaram o sonho da maternidade.
Foi aos 46 anos, após ter determinado que seria a quarta e última tentativa de Fertilização In Vitro, que Fátima alcançou efetivamente um resultado positivo de gravidez. A boa surpresa, inclusive, veio em dose dupla.
“Vieram gêmeos! Eu me sinto muito abençoada. Eles são os únicos netos tanto por parte materna quanto paterna. A família inteira ficou muito feliz.”, afirma Fátima sobre os filhos que hoje têm 6 anos.
Sílvia, por sua vez, 1 ano depois da perda da gestação, engravidou novamente de modo natural, aos 40 anos de idade. Embora tenha passado por uma gravidez difícil e de risco, ela conta que o filho nasceu saudável e que foi feliz durante a gestação.
“Fui mãe aos 40 me achando maravilhosa! Fui muito feliz, amei gerar uma vida dentro de mim e ter a barriga”. Seu filho, Leo, hoje tem 4 anos e, para Sílvia, valeria a pena viver tudo novamente.
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