Deolane Bezerra nega crimes e diz que recebia dinheiro de casa de apostas por publicidades
Advogada passa por audiência de custódia nesta quinta-feira (5)
Foto: Marcelo Brandt/g1
A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra prestou depoimento à Polícia Civil de Pernambuco, após ter sido presa, na quarta-feira (4), em operação contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais. Ela confirmou que recebia dinheiro da casa de apostas Esportes da Sorte, por contratos de publicidade, e negou que esteja ligada aos crimes.
19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão foram expedidos, e a operação foi deflagrada em seis estados: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, São Paulo e Pernambuco. Entre os itens apreendidos estavam 11 relógios da marca Rolex, dois helicópteros, uma aeronave que pertence ao cantor Gusttavo Lima, carros de luxo, embarcações, jóias, garrafas de vinho e notas de dinheiro em euro e dólar.
No depoimento, Deolane disse que comprou um carro de luxo avaliado em R$ 3,85 milhões modelo Lamborghini, do CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho. Ele é um dos alvos da operação. No entanto, o mandado de prisão contra o empresário não foi cumprido. Segundo a defesa de Darwin, ele estava viajando, e já havia se colocado à disposição da Justiça.
Em nota, a Esportes da Sorte declarou que "ratifica o seu compromisso com a verdade, com o jogo responsável, e com o cumprimento de todos os seus deveres legais". A empresa de apostas esportivas, que patrocina clubes das principais séries do campeonato brasileiro, também afirmou que vai colaborar com as investigações do caso.
Deolane Bezerra teve o habeas corpus negado e permanece presa na Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro da Iputinga, Zona Oeste da capital. Ela e sua mãe, Solange Bezerra, também presa na operação, vão passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (5). Às 8h, as irmãs de Deolane Bezerra, Dayanne e Daniele, vão à unidade penal para tentar fazer uma visita - o que não foi possível na noite da quarta-feira (4).
A defesa de Deolane e Solange publicou uma nota nas redes sociais, em que diz que a investigação é sigilosa e que a empresária está à disposição das autoridades. Já em carta publicada no Instagram, a influenciadora afirmou que está sofrendo "uma grande injustiça" e que ela e a família são vítimas de preconceito.
As investigações que desencadearam na terceira fase da operação foram iniciadas em abril de 2023, motivadas pela apreensão de R$ 180 mil em espécie em dezembro de 2022. Além das polícias civil e militar dos seis estados, também houve a participação da Interpol.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), cerca de R$ 3 bilhões foram movimentados pela quadrilha entre janeiro de 2019 e maio de 2023, em aplicações financeiras e dinheiro em espécie, fruto dos jogos ilegais.
Empresas de eventos e casas de câmbio eram utilizadas pelos criminosos para lavar dinheiro - por meio de transações bancárias entre os investigados, ou compra de itens, como veículos de luxo, aeronaves e embarcações. A Polícia Civil de Pernambuco informou que segue apurando os valores de tudo aquilo que já foi apreendido.
Reportagem - Lucas Arruda
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