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Chacina de Camaragibe: PCPE cumpre sete mandados de busca e apreensão nesta quarta


Por: REDAÇÃO Portal

12 policiais militares respondem pelo crime ocorrido em setembro de 2023

26/03/2025
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12 policiais militares respondem pelo crime ocorrido em setembro de 2023

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) cumpre sete mandados de busca e apreensão, nesta quarta-feira (26), em meio às investigações sobre a Chacina de Camaragibe, ocorrida em 15 de setembro de 2023. Seis pessoas foram assassinadas depois que dois policiais militares foram mortos em um confronto com o vigilante Alex da Silva Barbosa, no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, no Grande Recife.

Cerca de 70 agentes de segurança estão mobilizados na operação denominada de Sobejo II. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Camaragibe e São Lourenço da Mata, em Pernambuco, e em Maragogi, no estado de Alagoas. Todos os materiais apreendidos estão sendo encaminhados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife.

Dos quatro inquéritos originados do crime, três já foram finalizados. A única investigação em aberto se refere às mortes da mãe e da esposa de Alex: Maria José Pereira da Silva e Maria Nathalia Campelo do Nascimento, respectivamente. Ambas foram assassinadas em Paudalho, na Zona da Mata Norte. 

Após a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ter sido aceita pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), os doze militares envolvidos se tornaram réus pelo crime de tortura.

A Chacina

O crime, que teve repercussão nacional, conhecido como Chacina de Camaragibe, aconteceu após as mortes do soldado Eduardo Roque, de 33 anos, e do cabo Rodolfo José, de 38 anos. Os militares respondiam a uma ocorrência, no bairro de Tabatinga, quando foram assassinados pelo vigilante Alex da Silva Barbosa, conhecido como Alex Samurai, que efetuou os disparos e fugiu do local.

Horas depois da morte dos policiais, três irmãos de Alex foram assassinados a tiros. As cenas do crime, inclusive, foram transmitidas ao vivo nas redes sociais por uma das vítimas. Já na manhã seguinte, os corpos da mãe e da esposa de Alex foram encontrados em um canavial em Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Em março de 2024, os policiais militares que participaram da "caçada" contra Alex viraram réus por triplo homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa das vítimas).

Segundo a última denúncia apresentada pelo MPPE, "os denunciados constrangeram as vítimas com emprego de violência e grave ameaça, causando-lhes sofrimento físico e mental". O texto ainda indica que os "policiais militares se deslocaram até a localidade de Tabatinga, sob o comando, instrução e monitoramento de Oficiais da Polícia Militar, (...) com intuito homicida, em vingança à morte dos dois policiais".

Cinco dos policiais investigados estão presos por envolvimento na morte de três irmãos de Alex Samurai. São eles: Paulo Henrique Ferreira Dias; Dorival Alves Cabral Filho; Leilane Barbosa Albuquerque; Fábio Júnior de Oliveira Borba; e Emanuel de Souza Rocha Júnior.

Já Marcos Túlio Gonçalves Martins Pacheco; João Thiago Aureliano Pedrosa Soares; Fábio Roberto Rufino da Silva; Diego Galdino Gomes; Janecleia Izabel Barbosa da Silva; Eduardo de Araújo Silva; Cesar Augusto da Silva Roseno respondem ao crime em liberdade, cumprindo medidas cautelares e proibidos de entrar em contato com as testemunhas do processo.

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