O retorno financeiro deve ser de R$ 52 milhões para Pernambuco
Foto: Mayara/Amâncio
Mais de cinco mil artesãos participam da 24ª edição da Fenearte - a Feira Nacional de Negócios do Artesanato. A feira é a maior do segmento na América Latina, e acontece no Centro de Convenções, em Olinda, no Grande Recife, até o dia 14 de julho.
Com o tema "Sons do Criar - Artesanato que toca a gente", destacando as sonoridades da cultura pernambucana, a Fenearte 2024 tem 300 estandes, onde todo o público pode ter acesso ao trabalho de artesãos e artesãs, e adquirir as peças, que podem ser encontradas com grande variedade de preços.
O Mestre Fida, de 67 anos, natural de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, expõe na Fenearte desde a primeira edição. Suas obras são de madeira, talhadas à mão com o uso de instrumentos como serrote e facão. O trabalho que um dia começou em casa, hoje ganha o mundo por meio dos negócios realizados na feira.
“Para mim é importante demais ter o trabalho reconhecido no mundo. É que hoje o meu artesanato, graças a meu bom Deus, está no mundo inteiro. E a Fenearte também permite isso! Foi através da Fenearte que meu trabalho se expandiu, porque hoje tem peça em Portugal, nos Estados Unidos, na Espanha. Em todo canto tem!”, afirma.
Foto: Mayara Amancio/CBN Recife
A Secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, explica que a Fenearte é um grande atrativo para o estado, tanto do ponto de vista turístico, mas especialmente econômico. Em 2024, o Governo de Pernambuco investiu R$ 15 milhões na feira, e espera que o retorno seja de aproximadamente R$ 52 milhões.
“A Fenearte é a maior vitrine do nosso Estado para o Brasil e para o mundo. É o nosso maior evento de economia criativa, e tem uma importância gigantesca para o nosso calendário. A Fenearte está na sua 24ª edição e é um evento que todo ano se supera em relação ao número de artesãos contemplados, ao número de atrações, e de público. Na edição 2023, recebeu 315 mil pessoas, e aí a gente espera para esse ano um aumento desse público”, relata.
Foto: Mayara Amancio/CBN Recife
Com gente de todos os cantos, o casal paulistano Elaine e Alexandre expõe pela terceira vez na Fenearte. Ainda contribuindo com o meio ambiente, eles encontraram uma saída rentável para utilizar resíduos deixados na “Terra da Garoa” como arte. Elaine explica como esse trabalho acontece.
“Ele (Alexandre) trabalha com peças, com reciclagem de madeiras. Tudo que a natureza descarta, a gente aproveita. Podas de árvore… porque em São Paulo a gente não tem floresta, então a gente pega “I Love Caçamba”. E também tudo que a pessoa descarta:, portas, janelas, piso de chão… tudo é transformado”, conta.
Foto: Mayara Amancio/CBN Recife
Elaine também reforça a importância da feira para os negócios.
“A Fenearte é muito importante economicamente porque dá uma boa visão. Temos vários clientes que nos procuram de ano para ano. Perguntam se a gente vai vir de novo, (dizem) que gosta do nosso trabalho”, aponta.
Durante 10 dias, Pernambuco é a capital nacional do artesanato do barro, da madeira, do tecido, e de tantas outras matérias-primas. Entre diferentes sotaques, tradições e moedas, a Fenearte 2024 contribui para que trabalhos quase ancestrais ganhem os olhos do mundo, e ao mesmo tempo, movimentem a economia.
Reportagem - Lucas Arruda
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