Empresa responsável por porta-aviões carregado de amianto estuda mover ação judicial contra o Governo de Pernambuco
A Marinha havia notificado o Estado a receber o navio por atracação por arribada, quando o terminal marítimo é forçado a receber o navio.
Foto: Reprodução / G1
A Justiça Federal em Pernambuco determinou que a Marinha suspenda imediatamente a atracação forçada do rebocador que leva a sucata do porta-aviões São Paulo, que se encontra na costa pernambucana desde o início de outubro, impedido de atracar. A liminar foi expedida a pedido da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco e do Complexo Industrial de Suape. A embarcação carreca mais de 55 toneladas de amianto, uma substância cancerígena. A Marinha havia notificado o Estado a receber o navio por atracação por arribada, quando o terminal marítimo é forçado a receber o navio.
A empresa responsável pelo porta-aviões, MSK Maritime Services & Trading, informou que foram apresentados todos os documentos e certificações solicitados pelas autoridades brasileiras e internacionais, bem como realizaram todas as inspeções necessárias. Além disso, a empresa estuda a possibilidade de entrar com ação judicial contra o Governo de Pernambuco para arcar com os custos da manutenção do navio em alto mar, que vem gastando cerca de 20 mil litros de combustível por dia. “Enquanto o navio segue aguardando a decisão das autoridades, são consumidas cerca de 20 toneladas de combustível para que os rebocadores sustentem o navio, ocasionando consumo desnecessário, em total prejuízo ao meio ambiente e às normas internacionais das quais somos cumpridores”, explica o advogado da empresa Zilan Costa e Silva. “Estamos ventilando a possibilidade de entrarmos com uma ação contra o Governo de Pernambuco para que coloque em juízo US$ 2 milhões para cobrir os gastos que estamos tendo enquanto a situação não se define”, afirma.
A empresa informou também que o porto da Turquia não permitiu a atracação do navio após surgirem notícias falsas que colocavam a segurança da embarcação em dúvida. “A empresa possui mais de 1.500 páginas de relatórios de especialistas em materiais perigosos independentes, acreditados globalmente, fornecidos pelos proprietários e aprovados pelo Ibama que atestam a capacidade de operar legalmente”, diz Costa e Silva.
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