Com o passar dos anos, a festa religiosa se modificou para cada local, ao ponto de envolver o simbolismo de um coelho, a troca de ovos e a encenação da Paixão de Cristo
Foto: G1
Comemorada este ano no dia 31 de março, a Páscoa no Brasil celebra popularmente o dia em que Jesus ressuscitou após ser crucificado e morto na sexta-feira da paixão. No entanto, hoje, o modo como as pessoas passam esta data pouco reflete o seu real significado cristão e nem o judaico.
Com o passar dos anos, a festa religiosa se modificou para cada local, ao ponto de envolver o simbolismo de um coelho, a troca de ovos de chocolate entre as famílias e encenação da história, como por exemplo, a Paixão de Cristo, de Nova Jerusalém, peça teatral que acontece todos os anos durante a Semana Santa em Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco.
Segundo o historiador e professor, Filipe Domingues, a páscoa surgiu como uma festa judaica para celebrar a libertação do povo hebreu.
Já no Cristianismo, o cenário judaico se reverte para o acontecimento central, que é a vitória da Vida sobre a Morte, como destaca Filipe Domingues.
A partir dai, com a expansão do cristianismo no mundo, as festividades se adaptaram e incorporaram os costumes religiosos à população, como por exemplo, o Coelho da Páscoa e os ovos de páscoa.
O historiador Filipe Domingues explica o simbolismo do ovo e do Coelho agregados à comemoração.
Em meados do Século XIX, os ovos de chocolate, que já haviam marcado presença na celebração, começaram a ser industrializados na Inglaterra, tornando a tradição dos ovos de chocolate na Páscoa uma febre pelo mundo. Seja comprando no Pix, crédito, débito ou até mesmo com o saldo FGTS para manter vivo o dar e receber chocolate, precisamos entender o real significado da Páscoa e manter viva a tradição real do período.
Guilherme Camilo