Noronha inicia última fase do estudo que avalia imunidade pós-vacinação contra a Covid
Esta última fase vai avaliar a imunidade dos participantes depois da terceira dose da vacina. Para menores de 18 anos, a avaliação é referente à imunidade pós segunda dose
Foto: Karol Vieira/Imprensa Noronha
A ilha de Fernando de Noronha iniciou nesta segunda-feira (18) a última etapa do estudo epidemiológico que avalia a imunidade dos moradores vacinados contra a covid-19. Cerca de dois mil noronhenses voluntários estão cadastrados para o acompanhamento pós-vacinal. Durante esta etapa serão feitas entrevistas e coletas de sangue para exame.
Até agora já foram realizadas duas etapas do estudo, uma após a primeira dose e a outra depois da segunda dose. Esta última fase vai avaliar a imunidade dos participantes depois da terceira dose da vacina. Para menores de 18 anos, a avaliação é referente à imunidade pós segunda dose. Para pessoas que já tomaram a quarta dose, é necessário aguardar 15 dias da aplicação para realizar o exame. Profissionais de saúde da ilha, do Imip e da Secretária de Saúde estão na ilha fazendo as coletas de sangue e as entrevistas. A pesquisa vai servir para as autoridades sanitárias terem condições de entender o comportamento da imunidade pós-vacinal no arquipélago.
O novo estudo é a continuidade da pesquisa “Incidência e Prevalência da Covid-19 no Arquipélago de Fernando de Noronha”, realizado durante os anos de 2020 e 2021, que acompanhou a circulação do vírus na população de Noronha no auge da pandemia. Agora, o objetivo é monitorar o adoecimento pela doença e estimar a resposta imune após a vacinação contra a Covid, além de observar a presença e a permanência da imunidade ao longo de pelo menos um ano depois da vacinação.
Para Regina Brizolara, coordenadora do estudo epidemiológico em Noronha, especialista da Secretaria de Saúde do Estado, o acompanhamento da imunidade pós-vacina é necessário e importante para as autoridades sanitárias compreenderam melhor o vírus e a resposta imune das vacinas.
“A importância das pessoas participarem dessa nova fase é para ajudar a ciência esclarecer sobre a proteção vacinal, quanto tempo ela dura, se ela é eficaz, saber se as pessoas estão adoecendo ou não, mesmo imunizadas. A ciência ainda tem muito a esclarecer, então o estudo que a população de Noronha está colaborando vai nos ajudar com a consolidação desse conhecimento”, ressalta.
O superintendente de Saúde do Distrito, Fernando Magalhães, acredita que, colaborando com a pesquisa, Noronha vai continuar controlando as transmissões e o adoecimento pelo coronavírus. “Nesses mais de dois anos de pandemia, pudemos entender a dinâmica do vírus e a diminuição dos casos com a aplicação das vacinas por meio dos estudos realizados nos noronhenses. Para continuarmos controlando o vírus, vivendo o novo normal, é fundamental que as pessoas continuem respeitando os protocolos e participem da pesquisa. É algo rápido, mas que é de uma enorme contribuição para toda a população”.
O trabalho é realizado em parceria pela Administração Distrital, o Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (Imip), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e a Organização Pan-America de Saúde (Opas). Também colaboram com o estudo, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação de Hematologia e a Hemoterapia de Pernambuco (Hemope). A pesquisa foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Ministério da Saúde.
Podem participar, as pessoas que já aderiram ao estudo em outras fases, mas é importante ter participado de ao menos uma etapa de avaliação da imunidade. Para isso, os voluntários desta nova fase devem se dirigir ao auditório da Unidade de Saúde da Família (USF), que fica no bairro da Floresta Nova, nos seguintes dias e horários:
Primeira semana:
18/04 - 14h às 18h.
19, 20 e 22/04 - 9h às 12h e das 14h às 18h
Segunda semana:
Dia 25 a 29/04 - 9h às 12h e das 14h às 18h.
30 abril (sábado) - 9h às 12h
Fonte: Imprensa Fernando de Noronha.