Eduardo Carvalho: Começou... De novo
Foto: Cortesia/Whatsapp
Já-que-estamos em plena Copa do Mundo de Futebol Profissional Masculino, entremos em campo. E dou início ao esquente, na beira do gramado, antes do chamamento para o cara&coroa, afirmando ululantemente o quanto de cinismo&hipocrisia mundiais esta Copa revela nas caras cínicas&hipócritas deste mundo cínico&hipócrita, sediada n-u-m (sic) país das mais cruéis ditaduras dentre as oficialmente estabelecidas, reconhecidas e descaradamente praticadas no entorno do globo terrestre: luxuosa-mente assassina dos adversários, caprichosamente esquartejadora dos críticos, que desconsidera e subjuga as suas mulheres, e cerceia o direito de amar livremente. Sob a “força da grana Que destrói coisas belas”, xerifes e rangers planetários, pródigos ameaçadores de Cuba, Equador, Bolívia... esgueiram-se, por ali, à sombra do muro, espreitando, espiando, farejando, perseguindo, encurralando, laçando e prendendo mexicanos, brasileiros e Q Tais, tornam-se thucthuquinhas, miam baixinho. Bigs Players! Enquanto isso & a propósito disso: quem pagará e a quem se pagará pela reconstrução da Ucrânia, se houver? Bigs Players and Bigs Brotheres, Firsts!
Bola no centro. Soa o apito. Vamos ao jogo.
Espera-se de um técnico de futebol que ele convoque – e, ele pode fazer isso! - os melhores à disposição para cada uma das 11 posições; escale o seu time; transmita ao elenco as tramas das táticas escolhidas; deixe claro o objetivo a ser alcançado, que é para ninguém alimentar dúvidas quanto a isto; então é treinar, treinar, treinar...até se formar um conjunto harmonizo, de sentidos aguçados, tocando-se de ouvido, e subindo o tom na escalada dos instintos que arrepiam os pelos à flor das peles de todas as cores.
João Saldanha fez assim, em plena vigência e no extremo vigor do Golpe/64, mandando o ditador de plantão se limitar às nomeações dos ministros, porque na seleção brasileira era ele, João, o Sem Medo, quem dava e daria as cartas. Fez mais. Saldanha apresentou a sua lista de convocados, logo informando os titulares e os reservas. Atitude mais que natural, portanto, humana, honesta e...sábia. Agindo assim, baixava a temperatura dos treinos e acabava com a ansiedade de todo o elenco. João não precisava nem desejava estar sob holofotes, pois tinha luz própria. João queria disputar e, se possível, vencer, a Copa de 70, junto com as suas “Feras”. O resto... “Que se dane!”
Foi Deus, sim!, quem me fez nascer na segunda metade da década de 19-e-60. Foi Ele, sim, quem me fez perder vários e vários samboques dos dedos dos pés durante as peladas nas praias, no “Campinho de Seu Souza”, no meio das ruas descarnadas ou no centro das praças descalças, driblando coretos, palmeiras imperiais, mangueiras e coqueiros. Da Sampesca ao Quartel, da Barreira ao Bom Sucesso, em Oh!Linda!! Por isso, quando assisto a um determinado... professor do futebol de hoje, 7 (SETE!) anos à frente do escrete canarinho, régia e mensalmente pago para nada mais fazer e de nada mais se ocupar durante este tempo-ral durante o Qual... “observou” e... “testou” mais do que 24 “atletas profissionais|” - deveria ter visto e assistido...jogadores, que não necessitam ser...testados - a menos de 72h (SE-TEN-TA E DU-AS...HO-RAS!) da estreia do Brasil, afirmar, empaturrado de convicção, com tom da voz contido por tanta falsa humildade, aquele trejeito de coroinha que esqueceu da missa, Que...fará um último treino, para então definir o time que entrará em campo, nesta próxima quinta, dia 24.11.22 – como se o nosso adversário viesse do espaço sideral, e ainda não estivesse definido: será a SÉR-VI-A!, IDIOTA!!! - me sobe um arrepio pela espinha, começo a sofrer, suar, torcer, e querer entrar em campo.
Então, imagino jogadas; faço e recebo lançamentos, bato laterais, escanteios e cabeceio, cobro faltas...de médias e pequenas distâncias, dou carrinhos e levo faltas, até que tudo para num instante infinito da fotografia, e se escuta o caminhar de um silêncio profundo que ecoa, e é o silêncio anunciando a chegada do Destino, aquele silêncio que vem do ventre das conchas do mar das almas perdidas, perplexas, soltas, umas das outras, buscando as mãos, umas das outras...até a chegada cósmica, indomável, da Graça do Gozo reprimido, finalmente alcançado... E é quando acordo e penso cá, com os meus desbotados em grisalho, botões: “PQP! Isto não vai dar certo, de novo”, e “Meeeeeeeeeeuuuuuu, Deus!” - in, Milton Leite.
Enquanto aguardo a Sérvia surgir de dentro da boca larga e desdentada de um túnel frio e ateu, lembro, a de propósito, do Inácio. Que também vem fazendo as suas convocações. Já são para lá de 200, os chamados a participarem de uma equipe de...transição. Até o presente, não sabemos quais serão os titulares, os que ficarão no banco, quais serão os dispensados, se todos Nós. “Se segredo e concentração ganhassem partidas, um time de freias e padres seria im-ba-tí-vel”.
Misericórdia, Senhor!
Eduardo Romero Marques de Carvalho – advogado
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